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Nem sempre dizemos o que realmente pensamos...

Aprendemos, desde crianças, a sermos recompensados quando agimos de acordo com as regras e punidos quando as transgredimos. Ouvíamos: “Bom menino”! Ou: “Isto é feio, não pode”! Desde cedo, começamos a viver pelos pontos de vista de outras pessoas, muitas vezes, por causa do receio de não sermos queridos ou aceitos e pelo medo de não atender o que os outros esperam de nós.

Desenvolvemos a necessidade de criar uma auto-imagem do que devemos ser para atender as convenções sociais e quando esta auto-imagem se vê abalada sejam por críticas ou sejam por situações adversas, ela acaba desabando e com isso surgem sentimentos de rejeição seguidos pelo sofrimento.

Alguns de nós, acabamos por nos transformar numa pessoa desconhecida para nós mesmos e perdendo o elo com a Intenção Maior, que existe dentro de nós e que poderia nos levar a encontrar a verdade sobre nós mesmos.

A fim de atender as expectativas alheias, muitos de nós vivemos numa total incoerência entre o pensar, o sentir e o agir. Como isto acontece?

Um bom exemplo, é quando alguém, de surpresa, nos critica a conduta. Neste momento, sentimo-nos ofendidos e magoados, pensamos que a pessoa de certa maneira está certa, mas nosso orgulho nos diz que não podemos nos sentir por baixo e dar razão ao que nos foi dito, daí então, damos um sorriso amarelo, como se aquilo não nos afetasse e falamos coisas que discordam daquilo que estamos pensando e sentindo.

Percebem a confusão em que nos metemos diariamente para sermos aquilo que não somos?

Não seria mais fácil adquirirmos maturidade através da transparência e honestidade emocional, mesmo que isto nos traga algumas dores, mas que no final conquistaremos a nossa paz de espírito e independência das convenções sociais?

Não estamos pregando a sinceridade desvairada, que não mede conseqüências e que pode tornar o outro infeliz. Não podemos nos enganar, pois até na sinceridade pode haver muita incoerência e desconexão com a realidade, pois o fato de ser sincero não nos dá razão e maior discernimento que os outros.

O maior estudioso da personalidade humana, o psicólogo Carl Rogers, nos trouxe uma colaboração grandiosa sobre o crescimento pessoal e nos legou que devemos nos tornar capazes de aceitarmos como realmente somos, e assim, conseguirmos nos modificar e deixar nossa relações pessoais mais reais e significativas. Com isso, se aceitarmos o fato de estarmos magoados com o que alguém nos disse, ficamos mais aptos para aceitarmos as reações que a nossa atitude provocará nos outros e o que as reações dos outros nos provocará.

É importante nos lembrarmos de que nossas relações se tornarão mais reais e significativas se buscarmos compreender a outra pessoa. Dizemos isto, pois a nossa primeira reação frente às pessoas quando as ouvimos, é realizar uma avaliação instantânea, é julgar antes de tentar compreender, é já pensar: Isto está errado! Como pode dizer isto?! Não estou ouvindo isto!

Por que agimos assim?

Não seria porque o ato de compreender significa realmente o que o outro está nos dizendo, implica num risco para nós e pode acarretar uma alteração em nós, tais como, assumir que estamos errados, de que falhamos, ou que não percebemos nossa conduta?

Enfim, permitirmos a nós mesmos a compreender alguém pode nos ensejar o medo da mudança e o risco de empreender esforços para sairmos da nossa “zona de conforto”.

Não há vitória sobre nós mesmos sem esforços coerentes alinhando o que falamos, pensamos e sentimos, e também, nos concita à sacrifícios e muita compreensão sobre nós mesmos e nossas relações.

Com votos de clareza nos pensamentos e uma semana de reflexão!

Equipe CEIL.

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