Vigilância na INTOLERÂNCIA
Em que momento deixamos de ser tolerantes? Em que ponto deixamos as emoções evidenciarem a nossa contrariedade a um determinado ponto de vista?
Por que julgamos ter esse direito? Por que achamos que a nossa verdade é a melhor delas?
Quantas vezes nesta encarnação paramos para refletir estes questionamentos?
Quantas vezes tentamos redirecionar nossas ações em relação ao outro?
Estamos dispostos a nos esforçar em busca do melhoramento?
É necessário manter o discernimento diante de tantos questionamentos. O desespero nos afasta do caminho, permite que alimentemos pensamentos desencorajadores, nos faz arrumar justificativas para não sermos tolerantes, compreensivos e amistosos.
No momento a questão que trataremos com prioridade é a intolerância. Temos que buscar compreender como conviver com diferentes pontos de vista, sem olhar isso como sendo negativo.
Podemos ser melhores sem ter que concordar com as ações alheias. Até porque, em diversos momentos da vida fomos surpreendidos ao descobrir que nem tudo o que conhecemos é do jeito que nos foi apresentado.
Podemos nascer numa religião e condenar muita gente de outras crenças. E depois acreditar em outras.
Xingar as pessoas no trânsito por trancar saídas, ou por dirigir devagar, mas depois de um tempo, compreender que eles podem estar distraídos e terem cada um, o seu próprio ritmo, que é diferente em uns e em outros.
Desvalorizar algumas profissões, mas ficarmos indignados quando é outra pessoa que as desvaloriza.
São exemplos de como mudamos nossos pontos de vista e nossa maneira de ser.
Às vezes justificamos nossos erros de acordo com a nossa ótica. Esta é uma das razões, que nos lembram do dever de respeitar o ponto de vista dos outros. Porque os outros também irão dar suas justificativas e também mudarão de ideia conforme adquiram conhecimento.
Nós podemos respeitar sem concordar, sem julgar, sem condenar, afinal não conhecemos as dores, dificuldades, a maneira como foram educados, os exemplos que tiveram, não sabemos o que há em seus âmagos. Porque tudo isso influencia na postura social das pessoas.
Mesmo entre irmãos, onde recebemos as mesmas referências éticas, mostra-se de modo evidente as diferenças de comportamento.
É necessário e urgente tornarmo-nos tolerantes - mas não confundam tolerância com anuência.
Não podemos dizer que somos intolerantes porque estamos cansados, porque estamos irritados, porque o nosso dia não foi bom.
Quando somos tolerantes, significa que aprendemos a lição e dificilmente iremos errar, podemos tropeçar, fazer algumas linhas tortas, mas teremos compreensão para com os nossos irmãos.
Não podemos mais justificar os nossos erros, precisamos reconhecê-los e corrigi-los.
Quando nos propomos a melhorarmos como Espírito, devemos aliar oração e vigilância SEMPRE: este conjunto nos permite avaliar com clareza nossas ações e não abrir brechas para cairmos novamente.
A mudança requer prática e persistência, por isso, pode haver quedas, ou a sensação de estarmos indo na direção errada, mas não há porque desistir, pois o esforço leva ao melhoramento e, lá na frente, mesmo que na eternidade, saberemos que terá valido a pena!
Com votos de clareza, calma e o não julgar o próximo.
Equipe CEIL Recanto do Saber.