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"Eu nasci há 10 mil anos atrás..."

Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?[1]

É com essa pergunta que Allan Kardec começa o capítulo II do Livro dos Espíritos. Uma questão muito peculiar, pois todos que se dizem “Espíritas”, muitas vezes falam que acreditam em reencarnação, mas no íntimo nem a compreendem direito. Não compreendendo esse processo, não compreendem o seu objetivo.

Na resposta desta questão, os Espíritos respondem a Kardec que o objetivo principal é que cada um chegue à perfeição. No entanto, para que isto seja possível, existe a necessidade de depuração do espírito propriamente dito. Entendemos como depuração, o refinamento necessário que o ser espiritual precisa passar para chegar ao ponto máximo da perfeição.

Eles ainda complementam a resposta, comentando que este processo pode ser muito específico, dependendo do planeta em que se reencarna, pois em cada orbe, temos um determinado estado da matéria, onde podemos ter corpos mais sutis ou mais densos do que aqui no planeta Terra.

Além disso, continuando a responder, os Espíritos comentam que em muitos casos os reencarnantes se sentem deslocados e descontentes em estar aqui. Muitos não compreendem o porquê, mesmo muitas vezes tendo se comprometido no Plano Espiritual. A opção de “estar” aqui, nem sempre cabe ao espírito como bem sabemos, pode ser imposta com o objetivo claro de reparar alguma falha ou expiar algum delito do passado.

Compreendemos que muitos de nós reencarnados, trazemos no cerne de nosso “Eu”, o Homem Velho, aquele estágio que em encarnações passadas não conseguimos superar na totalidade e que, com um determinado tempo, volta a nos atormentar na atual existência. Cabe-nos, primeiramente compreender o porquê “estar” aqui, compreender que muitas das mazelas que sofremos atualmente, podem ser dessa mesma encarnação, que são escolhas que fizemos no ontem e que agora recebemos as consequências.

Entender que em muitos casos, temos situações de encarnações tranquilas, e que apenas temos que passar em mais uma para não “errar”, apenas isso já servirá para consolidar um trabalho no bem.

Entender que em outros tantos casos, temos situações extremas, onde a rebeldia e a revolta com Deus podem complicar e atrasar muito mais nosso processo evolutivo. Entender que em outros casos, a adaptação pode ser difícil, não porque somos “perfeitos” e não “aceitamos” este mundo, mas porque somos orgulhosos demais para aceitar que nosso verdadeiro “Eu”, ainda é falho e ignorante em muitos assuntos que desconhecemos.

Compreendendo a reencarnação, compreenderemos que retornar e partir são uma necessidade inerente em qualquer planeta, e principalmente para qualquer espírito em seu processo único de busca da perfeição divina. Compreende-la é entender a importância de fazer nossa parte na obra que Ele criou, depurar nossa ignorância e aceitar os fatos de que somos individualidades e como tal, temos nossa responsabilidade, que assim pode parecer pequena, mas que se cumprirmos de maneira correta nossas pequenas “missões” reencarnatórias, podemos nos tornar verdadeiramente seres perfeitos aos olhos de Deus e como tal, ascendermos a nossa condição verdadeira de espíritos.

Lembremos então diariamente de buscar a compreensão de nós mesmos acima de tudo, de aceitar e não julgar nossas etapas mais difíceis, de aproveitar e usar com sabedoria as etapas mais amenas, afim de entendermos e aceitarmos que estamos sujeitos a reencarnar:

"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei." (Allan Kardec)

Uma semana de muita paz e entendimentos em nosso íntimo.

Equipe CEIL

[1] Questão 132 do Livro dos Espíritos.

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