O ATRASO GERADO PELO IMPULSO
“A mente é uma grande usina nuclear em combustão, sábio é não agir por impulso, não cortar os pulsos da razão”. (Evan do Carmo)
Quantos de nós tomamos atitudes impensadas, usando o excesso de palavras, pensamentos, julgamentos, ou ainda com uma agressividade, uma vontade guiada pela ansiedade exagerada, ou pelo prazer em fazer, ter, conquistar, realizar...
Independente do motivo que move a impulsividade de cada um de nós, a direção que focamos, agir por impulsividade, na maioria das vezes gera um resultado oposto do esperado. Provocando sentimentos, pensamentos e reações desagradáveis, agressivas, rancorosas e até mesmo mágoas, intrigas, melindres, que alimentam a razão tempestiva e o orgulho que corrói a construção de sonhos, relacionamentos, laços que nos unem e nos impulsionam ao melhoramento e ao amor incomum.
Ao defender uma ideia, uma vontade, uma falsa “razão", alimentamos o orgulho, não damos espaço para que os outros possam agir ou reagir, atropelamos com pensamentos, palavras e ações, as pessoas ou situações, porque não nos agradou ou não foi feita conforme queremos, ou ainda, conforme esperávamos que fosse ser.
Em muitos momentos movidos pela raiva, crítica profunda, prazer incontrolável, etc, acabamos tomando decisões precipitadas, muitas das vezes incompreensíveis ou difíceis de serem consertadas.
Por maior de seja o descontrole ou o motivo gerador do impulso, não se trata de um transtorno, uma doença curável com medicações. Deixar de agir impulsivamente é uma questão de autocontrole, de conhecimento sobre si, de compreensão e aceitação do outro, das diversificadas situações e momentos. E principalmente, de amor incomum.
Não é fácil, parar, respirar fundo, buscar tranquilidade e paciência, porém quando os pensamentos e sentimentos esfriam, as avaliações tornam-se mais claras, menos robustas, as energias ficam mais brandas, e recebemos mais auxilio e ajuda da espiritualidade e do Pai Maior. Talvez a situação não seja mais a mesma, o pensamento não tenha mais tanta força rancorosa, a raiva esteja erradicada e o orgulho tempestivo não reaja com a mesma vontade.
Ao serenarmos, nos aproximamos dos amigos espirituais, somos impulsionados ao melhoramento, ao comprometimento com a vida que aqui recebemos, e incontestavelmente, com o amor que tudo move, que tudo suporta, que tudo compreende e resiste.
Aceitar a natureza, o que move cada um, é uma forma de conhecer e serenar a impulsividade gerada, que atrapalha, destrói, nos afasta do caminho evolutivo, alimentando dentro de nós amarguras, frustações, doenças infindáveis que atrasam e prejudicam ainda mais nossa jornada e oportunidade reencarnatória.
E quem sabe escutar mais, ouvir até o outro terminar de falar; refletir, pensar, respirar, antes de tomar uma decisão; observar, analisar antes de começar a criticar; perdoar, amar, orar mais, antes de culpar ou julgar; se esforçar, se autovigiar, antes de desistir!
Sem nunca esquecer: somos auxiliados e amados incansavelmente pela espiritualidade, Espíritos protetores, amigos e familiares que nos acompanham e nos intuem em nossos corações e mente, a vontade de amar, de perdoar, de continuar.
O amor, a paz e o silêncio unem e atraem.
A raiva, a impulsividade, o orgulho, nos corróem internamente, espiritualmente e internamente.
Com votos de uma semana de serenidade nos pensamentos, nos sentimentos e nas atitudes.
Equipe CEIL Recanto do Saber.