O medo de perder...
O medo faz parte dos nossos instintos mais primórdios. Na antiguidade o medo nos alertava de algum perigo existente, deixando o corpo em estado de alerta e vigília e já preparando-o para reagir ou fugir.
Conforme nossa “espécie” e planeta foram evoluindo, não mais necessitando sobreviver da caça e residir em cavernas, alguns instintos deixaram de ser prioritários, mas jamais perderam sua importância.
O medo continua nos mantendo vigilantes, nos fazendo analisar uma situação, refletir alguma decisão, desconfiar de algo... muitos de nós, possui em seu princípio elementar natural o medo, como “princípio motivador e norteador”, que em outras tantas pessoas se faz útil também, mas de outras formas.
Quem nunca desconfiou do relato feito por alguma pessoa, ou visualizou uma situação e sentiu que algo não estava bem? Nesses momentos nosso corpo continua nos preparando para uma reação, atuando em conjunto com nosso cérebro que nos permite encontrar uma solução para a situação inesperada. Sendo um pensamento, um rubor facial, uma atitude...
E quando sentimos medo de perder algo?
O medo nos deixa mais alerta, porém, em desequilíbrio pode nos impedir de agir, reagir e continuar a seguir em frente. Quando recebemos um diagnóstico já começamos a pensar em tudo o que poderá nos acontecer, ou acometer à quem amamos. Ou ainda, se alguém fala que precisa conversar seriamente conosco, já ficamos temorosos, apreensivos e desconfiados.
São muitas as ocasiões que podemos perceber o medo como fator que nos aprisiona, nos impede de seguir adiante, de falar algo que precisamos, de mudar de “caminho”, de buscar uma melhora... buscamos justificar e encontrar culpados, como forma de nos assegurarmos de algo ruim que pode nos acometer.
Quando estamos em um relacionamento, da qual, há brigas, intolerâncias e implicâncias, não só o medo como outros sentimentos, tomam conta do campo energético e mental. Ficamos alucinados, frenéticos e até mesmo possessivos... precisamos “manter” o relacionamento a qualquer custo. Ou quem sabe, quando temos medo de perder o emprego e a posição social conquistada, podemos agir de forma igual ou parecida.
Na infância somos instigados pelos pais a ter medo do bicho-papão que pode puxar nosso pé, medo do homem do saco que vai carregar a gente embora, medo de apontar o dedo para lua e perder o dedo... medo de pecar contra Deus, medo disso e daquilo... Porém, o medo de tudo isso, era o medo de algo desconhecido, não fazíamos ideia da forma que possuía e acabávamos alimentando nossa imaginação com fatos e histórias diferentes que ouvíamos de diversas formas e em variados momentos.
Que possamos pensar, refletir profundamente, que tudo o que consumimos e alimentamos em excesso, é danoso e doloroso. Com os sentimentos e pensamentos não seria diferente. O medo serve para nos alertar, a fim de nos “proteger” de algo, mas com o excesso de pensamento e lixo mental, acabamos distorcendo sua maior essência, deturpamos a parte positiva e o alimentamos de forma negativa.
Ficamos aprisionados, não conseguimos reagir, ou fantasiamos situações e momentos de que irá nos acontecer algo de ruim.
Precisamos respeitar as leis universais e os princípios naturais, para que possamos compreender a magnitude do sentir medo, afim de continuarmos seguindo em frente, e não apenas de sobrevivermos às situações, correndo riscos, enfrentando o que criamos.
Precisamos confiar sim em nossos instintos, mas não podemos nos acometer de pensamentos desilusórios, ou acreditar que temos posse de algo ou alguém.
Que continuemos com força e coragem, acreditando sempre que tudo o que possuímos, somos e temos é o que precisamos exatamente para conseguir completar nossa jornada terrena.
Uma semana de luz, clareza e fé!
Equipe CEIL Recanto do Saber.