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VALORIZANDO A VIDA QUE TENS (ACEITAÇÃO)


Já se aproximando do final de mais um ano, começamos a fazer uma retrospectiva sentimental e comportamental, com a finalidade de “jogar fora” o que nos causa atraso, nos faz mal, para podermos começar um ano novo só com sentimentos positivos. (Isso eu não quero mais para a minha vida!)

Que tal começarmos essa “limpeza” pelo que estamos dando valor demasiadamente?

Na questão 943 de O Livro dos espíritos, Allan Kardec questionou aos espíritos:

DE ONDE VEM O DESGOSTO DA VIDA QUE SE APODERA DE CERTOS INDIVÍDUOS, SEM MOTIVOS PLAUSÍVEIS? R: Efeito da ociosidade, da falta de fé e, frequentemente, da sociedade. Para aquele que exercita suas faculdades com um objetivo útil e segundo suas aptidões naturais, o trabalho não tem nada de árido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto age tendo em vista uma felicidade mais sólida e mais durável que o espera.

Diariamente passamos por deveros sentimentos e desgostos que nos causam dores, mágoas, ressentimentos e nos levam a tomar medidas extremas.

Ficamos magoados por algo que escutamos, porque alguém não ouviu quando chamamos, ou não fez o que queríamos que tivesse feito. Ficamos irritados com colegas de trabalho, com atrasos, com familiares (mãe, cônjuge, filhos, cunhados, sogros), por não aceitarmos formas diferentes de comportamentos e sentimentos.

Mantemos sentimentos e nutrimos uma dor emocional, que muitas vezes machuca (dói) mais que uma dor física. Muitas vezes não conseguimos aceitar quem somos, o que temos, o sexo a que nosso corpo pertence, a família que fizemos parte nessa encarnação, nossa vida profissional, nosso corpo... e na primeira crise intensa tentamos medidas de soluções extremas: pedir demissão do trabalho, pedir separação do relacionamento, se mudar, bater boca, regimes extremos, suicidar-se.

Valorizamos intensamente pessoas, sentimentos, situações que atrasam nossa oportunidade evolutiva e acabamos não prestando a devida atenção ao que realmente importa:

- Não gosto do meu trabalho, do meu chefe, do meu colega, do meu salário... e não pensamos: “que bom ter um emprego, e com esse “salário” conseguir adquirir o básico.

- Não gosto como meu cônjuge fala comigo, grita, é agressivo e grosseiro... mas não penso: “o que de bom tem ele, o que fez eu me apaixonar por ele, o que seria uma possível solução que possibilitaria aos dois continuarem sua trajetória?”

- Reclamo da vida dos outros, da minha, possuo e mantenho vícios: da fofoca, sexolatria, tabagismo... e não percebo que as oportunidades que a vida me dá são importantíssimas para conseguir realizar a minha caminhada.

Por não sabermos, entendermos ou compreendermos e até ainda, por valorizarmos pensamentos e sentimentos que nos fazem mal, diariamente centenas de pessoas buscam no suicídio uma tentativa de “sanar” a dor ou o conflito emocional. PENSAR EM SUICÍDIO FAZ PARTE DA NATUREZA HUMANA!

De 10-20 milhões de pessoas tentam o suicídio, de 6-10 são diretamente afetadas, sofrendo sérias e várias conseqüências difíceis de serem reparadas. Tal atitude demonstra total e extremo desespero e acabamos valorizando pessoas e situações erroneamente e não prestamos atenção a familiares e amigos em sofrimento que precisam de auxílio.

Quando uma “tentativa” de matar o que se está sentindo ou vivendo é realizada, muitos pensam: “É só para chamar a atenção!” – EXATAMENTE! Mas não da forma que até hoje conhecemos. Tal atitude é para chamar a atenção para algo de negativo que está acontecendo com o outro, que ele precisa de auxílio e não julgamentos, medicações ou ser ignorado e desacreditado.

Na questão 957 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec perguntou aos Espíritos: quais são, em geral, as conseqüências do suicídio sobre o estado do Espírito? R: as conseqüências são muito diversas: não há apenas fixadas e, em todos os casos, são sempre relativas às causas que o provocaram. Mas uma conseqüência a qual ele não pode fugir é o DESAPONTAMENTO. De resto, a sorte não é a mesma para todos: depende das circunstâncias. Alguns expiam a sua falta imediatamente, outros em uma nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.

Como espíritas sabemos que o corpo morre, mas o sofrimento que acarreta o espírito, permanecerá. E o ato de tirar a própria vida, causará no espírito marcas que, possivelmente, aumentará o sofrimento que aqui reencarnado já existia.

Isso também acontece em outras situações e com outros sentimentos? Sim! Quando valorizamos uma dor, uma doença, um diagnóstico, damos mais força, alimentamos a dor que sentimos.

Ex: Estou com câncer, estou com dor no braço... e busco demasiadas justificativas, culpas, e soluções medicamentosas, potencializamos (valorizamos) o que estamos sentindo.

Quando estou com um problema, não consigo buscar/encontrar a solução, acabo me irritando, culpando os outros, não tolerando pessoas e situações... estamos valorizando e potencializando o problema em questão, o que nos afasta de conseguirmos “encontrar” a solução...

O QUE ACONTECE APÓS TOMARMOS MEDIDAS EXTREMAS?

- Durante nossa caminhada reencarnatória recebemos uma quantidade de energia/carga para executar, cumprir um ciclo de vida... e acabamos, pelo imediatismo, interrompendo ou encurtando o ciclo de cada coisa acontecer.

Vamos concluir o ciclo desse ano realizando uma verdadeira faxina interna, verificando a que estamos dando valor demais e buscando aceitar:

- Aceitar sua condição física, enfrentando e quebrando paradigmas e preconceitos;

- Aceitando vínculos e condições sociais;

- Controlando a impulsividade;

- Valorizar e aceitar o que se é e o que se tem.

Lembrando sempre que precisamos VALORIZAR A VIDA COMO OPORTUNIDADE DE EVOLUÇÃO e que TODA FORMA DE VALORIZAR A VIDA É UM ATO DE AMOR!

“ ... aquele que faz mal é escravo do mal que faz, sendo impossível libertar-se de tal escravidão sem antes percorrer os difíceis túneis do sofrimento que liberta ou do amor que redime para a vida imortal”. (Luiz Gonzaga Pinheiro, livro "Perispírito e suas modelações")

Equipe CEIL Recanto do Saber

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